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Trem

Eu e os meus apelidos bizarros, né? Pois bem, conheci o Trem em um churrasco da família da Melhor Amiga, ele é praticamente da família, trabalha com o tio dela e essas coisas. Ele me olhou logo que eu cheguei e eu dei uma de ‘joão-sem-braço’, até que ele começou a conversar comigo, jogar um charme e disse até que era corintiano ao saber do meu time do coração.

 

– O Trem perguntou se você tava solteira, eu disse que sim e ele disse ‘É HOJE!’!

 

Melhor amiga sempre ajudando os meus rolos! Ele pediu pra eu ir com ele comprar mais cerveja, eu fui, dei bola mesmo e mostrei que tava afim. Nem bem tinha entrado no carro e ele me beijou. E depois parou o carro na rua e beijou mais, e mais, e mais. Fiquei molinha, molinha…ficamos de casal o resto da noite, ele me xavecando e dizendo que já tinha me visto antes e já tinha tido vontade de ficar comigo antes também. Adorei.

 

Passou uma semana e ele ME LIGOU, tipo num domingo de manhã. O quão raro não é isso hoje em dia, né? E eu fiquei em dúvida se saía ou não…

 

A questão é a seguinte: o trem tem esse apelido porque ele me chamava de trem bão, e ele é da roça e fala coisas como ‘vermeio, muié, trabaiá’, e aí o botãozinho do preconceito ligou na minha cabeça…até eu decidir que eu ia sair com ele e não tava nem aí pra essas coisas pequenas.

 

Saí com ele e foi ÓTIMO. Tipo top 3. E aí ele sumiu. CLARO. E apareceu de novo em um outra festa da família da MA, e eu fiquei com ele sem pestanejar, porque nem toda a chucrice me fez perder o interesse, ele era uma belezinha. E ele sumiu DE NOVO. Pois é, o cara pode ser chucro, pode chamar de trem e pode até ter aquele papo de interior que ganha qualquer uma, mas ela não deixa de ser HOMEM…

Paixonite Aguda

'Qualquer coisa que se sinta tem tantos sentimentos, deve ter algum que sirva' - Arnaldo Antunes

Estou sofrendo de Paixonite Aguda. Daquelas que apertam o coração, que fazem todas as borboletas se agitarem no estômago, o pensamento voar pra bem longe quando é necessário o máximo de concentração. E a paixonite nem é nova; é velha, já deu o que tinha que dar e terminou em lágrimas. Jurei que ia enterrar ela bem no fundo de mim, pra não doer mais, e ela ia passar com o tempo, porque era ‘só’ uma paixonite, simples de esquecer. Ledo engano. Paixonite aguda é uma das piores ‘doenças’. Ela não passa com remédio, nem com repouso, e às vezes nem com a decepção. Ela aparece porque o coração teima em querer ela por aqui, atormentando os dias de trabalho e os finais de semana de diversão. Fazer o quê? Nada. Ainda não inventaram antibiótico contra paixonite aguda. Enquanto isso eu vou deixando ela aqui, quietinha, quem sabe ela percebe que não é bem-vinda e decide dormir de novo, até um outro turbilhão de sentimentos aparecer e fazer o ciclo recomeçar. Porque essa é outra coisa da paixonite, qualquer coisa a acorda e ela volta quantas vezes achar que tem que voltar. C’est la vie…

P.s.: Nada de texto engraçadinho hoje, amanhã voltamos com a programação normal.

Amora


TÃO bom ter amigas!

Eu – Tô meio triste hoje por conta do Bruto [saiba mais sobre ele aqui e aqui.] …mexeu mais comigo do que deveria…

Chef das Amorinhas – Me dói ver você sofrer por uma pessoa que, pelo visto, só anda te usando, e não anda te merecendo muito.

Eu – É, não mesmo…

Chef das Amorinhas – TÔ PUTA COM ESSE BRUTO! Tenho certeza de que tem muita gente no mundo que vai fazer TUDOOO para ficar com vc!

Tem coisa melhor do que ter amigas???

p.s.: Eu SEI que chefe escrever assim, com ‘e’ no final, mas ela não é qualquer chefe…ela é uma Chef. =)

E lá vem o Cegueta de novo…

E aí que depois dos tais beijos na hora de ir embora com o Cegueta (história completa aqui), eu não senti o menor remorso. Pois é. Deveria ter sentido? Deveria. Isso me faz uma amiga ruim? Muito provavelmente. Mas o que todo mundo tem que entender é o fascínio que ele exerce sobre mim. Desde a primeira vez, inclusive, isso acontece. Não tenho uma amiga pós-15 anos que não tenha ouvido falar dele! Todas, sem exceção (até as que não são mais amigas), sabem quem ele é, porque a coisa era forte. Anyway, ele ligou no dia seguinte. LIGOU NO DIA SEGUINTE. Ligou pra dizer que na academia dele tinha uma aula que eu queria fazer, e também sondou onde eu ia. Ainda bem que eu tinha um programa com os meus amigos (assistir o jogo do São Paulo no bar ¬¬), e pude parecer zero disponível.

E sabe qual é o pior? Ele ligou de novo na sexta. POIS É! Disse que ia me esperar pra gente fazer alguma coisa e ESPEROU. E a gente tomou cerveja, fumou altos cigarros, teve conversas engraçadas e sérias atéééé fechar o bar. E quando o bar fechou a gente continuou papeando (e se enroscando) pela rua. Me senti de novo com 15 anos, exatamente como eu me sentia quando ele me beijava naquela época. Acordei com um toque de celular estranho vindo da minha bolsa. Era o celular dele que ele esqueceu comigo, junto com a carteira, o que queria dizer que pelo menos mais uma vez a gente iria se ver. E se viu no sábado…e também no domingo, pra assistir desenhos na televisão e levar a irmã dele pra comer no Mc. A noite ainda terminou com uma promessa de ligação na terça-feira que, claramente, não foi cumprida. Mas na quarta tinha um SMS dele dizendo pra eu ligar quando chegasse em casa que ele ia me esperar e, adivinhem, ele já estava na porta do meu prédio quando eu cheguei. Quase morri de felicidade.

Chegou o sábado e ele tinha coisas pra fazer, mas deu um jeitinho de passar na minha casa só pra me dar um beijo, quer coisa mais fofa? Na semana seguinte foi meu aniversário e eu fiquei esperando o dia inteiro uma ligação que não veio, até que por volta da meia-noite, quando ele disse que (de novo), já estava na porta da minha casa me esperando pra me dar parabéns, e quando ele foi embora ainda me mandou um SMS dizendo ‘gostei de te ver hoje’. Preciso dizer que eu quase morri? Preciso dizer que a paixão adolescente voltou com força total? Preciso dizer que ele sumiu depois desse dia? Pois é. Tava tudo lindo, tudo ótimo e eu tinha esquecido da amiga ex-namorada dele…mas ele sumiu. Dá pra entender uma coisa dessas? Se tá tudo no caminho certo, se o cara demonstra interesse e, de um dia pro outro, some, não chama mais no MSN, não manda mensagens? Eu não entendo.

Bruto, o retorno

Foto X que me lembra brutalidade!

E o Bruto que virou praticamente melhor amigo, atacou outra vez. Explico, fomos viajar no final de semana com a Melhor Amiga e o Deus Nipônico…nós 4, uma semi-viagem de casal. Fiquei tensa a semana inteira achando que ele ia dar pra trás quando percebesse que iria viajar com a ex dele e um outro casal, mas não. Na sexta, antes de chegar pra me buscar, me ligou, bateu papo, fez piadinhas e se confessou animado com o fim de semana. Fiquei com o coração na boca durante as quatro da viagem, e mais as quatros horas desde a chegada ao hotel, até a volta da balada. Ele me quis, me quis mais do que nunca, e foi responsável por uma das melhores noites dos últimos tempos. Na verdade, por um dos melhores finais de semana [com bofe] dos últimos tempos. Foi tudo ótimo e perfeito, mesmo com toda a brutalidade de sempre. ATÉ eu encher a cara e causar, ficar parecendo uma doida varrida ciumenta e regredir absurdamente. Logo quando eu estava fazendo tantos progressos e sendo menos BIZARRA…

Claro que eu imaginava que ele ia arrumar algum motivo pra brigar no final da viagem. Ele é homem e homem sempre dá um jeito de fazer alguma coisa ruim pra mulher não ficar com esperanças, não encher o saco, não achar que aconteceu uma troca de sentimentos que não aconteceu (que fique claro que eu não queria ele de volta na minha vida DESSE JEITO, mas né?, também não queria que ele desaparecesse do mapa, afinal, ele é meu amigo e toca meu coração). Mas eu precisava dar um empurrãozinho tão grande? Não precisava. Dei de bandeja o motivo pra ele sumir, só porque eu estava imaginando o que ele iria usar pra justificar uma desaparecida de leve, já que o final de semana foi realmente ótimo. Homens, tão complicados; mulheres, tão passionais. Ai, ai…

Amadureceu e caiu do pé

Amadureceu tanto, que caiu do pé

Depois de uma balada completamente horrível, eu esperava a galera comprar lanches no Mc Donalds em uma mesa, sozinha, completamente alterada, e aí um moço de quase dois metros de altura chegou, disse que eu era muito bonita e perguntou se eu não queria sentar com ele. Eu agradeci educadamente e disse que estava com uns amigos. Ele pegou meu telefone e eu apaguei completamente aquele momento da minha memória até receber uma mensagem na segunda, “Oi, meu nome é Maduro, eu te conheci no Mc e te achei linda’. Achei tão bonitinho que passei meu e-mail pra ele e trocamos uns 30 e-mails só no primeiro dia. Ele tinha 27 anos, formado em administração, trabalhando com comércio exterior, morando sozinho com dois amigos. Achei tudo bacana e fiquei interessada. Só tinha um pequeno detalhe: eu não lembrava da cara dele. Marquei um happy hour para o mesmo dia, mas com a presença do Melhor Amigo o e da Querida Cachaceira, pra não correr nenhum risco. Vai que ele era um louco, né?

Ele chegou, não me interessei por ele e conversamos animados como amigos a noite inteira. Nem beijo de tchau eu dei, tinha sentido zero vontade de ficar com ele. Só que ele não parou de mandar e-mails, e e-mails engraçados, inteligentes, com assuntos interessantes e aí ele subiu no meu conceito. Marquei OUTRO happy hour, e dessa vez teve direito a beijo, mãos dadas e muito papo. Gostei dele e saí com ele na semana seguinte de novo. E aí ele deu uma sumida, CLARO! Eu esqueci dele, conheci o Caipira, me envolvi com o Bruto…só que ele passou a mandar mensagens todos os finais de semana (parece que homem sente cheiro de homem). TODOS. Queria sair, queria me ver, mas eu estava realmente ocupada. Quando o casinho com o Bruto acabou, decidi finalmente aceitar o convite dele, e foi bem mais ou menos. ‘Mas você ainda gosta do Bruto, não ia achar esse cara tão bacana assim’, eu pensei. Saí com ele de novo e foi um pouco melhor, e na terceira vez veio o desastre completo. Sabe quando o cara só te ligou porque estava totalmente sem programa e de uma hora pra outra todos os amigos começam a chamar para as baladas mais legais do mundo? Então. Eu estava na casa dele quando os tais amigos começaram a infernizar, e ele não teve nem a educação de disfarçar e só faltou falar ‘tô de saída, ainda não deu sua hora?’.

Fiquei triste, até chorei. Ok, eu sou chorona, mas é porque eu me senti tão usada e foi tão ruim aquela noite que eu decidi apagar o Maduro da minha vida de uma vez por todas, e ele deve ter pensado a mesma coisa, porque desapareceu do mapa. Até que em um feriado sem nada pra fazer ele manda a seguinte mensagem: ‘e aí sumida, esqueceu dos pobres?’. Eu, cara pálida? Homem acha que mulher é burra, só pode ser. Pra mim o Maduro caiu do pé e se espatifou no chão.

Cegueta

Faz uns oito anos que eu conheço o Cegueta (ele usa óculos quase fundo de garrafa). A gente costumava dar uns beijos, uns amassos, uns apertos quando tinha uns 15, 16 anos. Eu o conheci porque ele estudava com um ex-namorado meu, mas eu gostava mais de conversar com ele do que com o tal namorado. O namoro acabou, o amigo ficou e aí o enrosco começou (enrosco mesmo, que quase me custou uma amiga, mas isso fica pra outro dia). Eu, no alto dos meus 15 anos, praticamente me apaixonei. Achava ele lindo, engraçado, simpático e ainda tinha AQUELA pegada…

Enfim, os beijos quentes e adolescentes rolaram algumas vezes e em uma dessas vezes eu decidi que também ia dar beijos quentes em um outro amigo dele. Resultado: comecei a namorar o amigo e ele começou a namorar uma menina que estava no fatídico dia. Meu namoro durou poucos meses, mas que foram suficientes pra ela virar minha amiga e ele se tornar (ainda mais) um cara totalmente proibido, porque né? Namorado de amiga é mulher. E foram muitos anos de namoro pra ele, muitos de namoro pra mim, alguns encontros ocasionais de casal e alguns papos sem pé nem cabeça na internet.

Eis que outro dia ela me conta que o namoro terminou, isso depois de muitos problemas entre eles, incluindo uma mudança de estado da parte dela. Fiquei nude, porque eram realmente muitos anos, mas também nada que mudasse a minha vida, porque ele é o ex da minha amiga. Ele me adicionou no orkut, deixei um scrap de ‘E aí, quanto tempo! Vamos marcar alguma coisa!’, e não é que ele REALMENTE quis marcar alguma coisa? Mesmo sabendo que tava errado, ia dar problema e eu ia me arrepender, lá fui eu pra cervejinha em plena terça-feira, muitas conversas sobre o fim dos namoros (o meu e o dele), e nada de enrosco. Ufa, pensei, até que depois de tantos anos nós viramos amigos. Ledo engano. Na hora de dar tchau, um papo que não acabava nunca, mas que, quando acabou, resultou em beijos ainda melhores dos que eu me lembrava. Alguém mais aí está sentindo cheiro de problema no ar?

Bruto

– Nossa, tá um frio…

– Vem cá que eu te esquento!

Pois é, com o Bruto começou assim. E o ‘codinome’ Bruto não precisa de maiores explicações, ele é bruto. Ponto. Ele era amigo da Melhor Amiga, a gente tinha saído junto umas vezes e no dia em que ele tomou umas tequilas a mais e que eu realmente estava com frio, a gente se beijou. E depois saímos de ‘casal’ com a Melhor Amiga e o Deus Nipônico, e aí fomos pra um bar em uma sexta à noite, e pra outro bar na semana seguinte até que começou aquele lenga-lenga de ‘será que hoje eu vou ficar com o Bruto quando a gente se encontrar?’.

Melhor Amiga – Claro que vai, tá rolando um climinha entre vocês, vocês já são quase bofes um do outro, só não querem admitir…

Eu – Não sei, não…ele é muito, sei lá, bruto!

E o dia que o Bruto ficou bravo porque eu dei um piti e não ficou comigo na hora de ir embora, como vinha acontecendo nos últimos encontros, eu fiquei emputecida e pensei “pô, como assim o Bruto não me quis hoje? Ele é bobo? Quis ontem e não quis hoje?”, mas no dia seguinte ele quis outra vez, e no outro também, e no outro também. Até pra praia com o Bruto eu fui. Foi bom, a gente se enroscou o final de semana todo e eu gostei, apresentei pras amigas que estavam por lá e comecei a querer que durasse. E eu gostava daquele jeito bruto, no fundo. Era o charme dele.

Foi sítio, amigo secreto com os meus amigos, Hopi-Hari, pizza em casa, ano novo, aniversário dos brothers, cinema, balada, barzinho, e o Bruto lá. Comecei a me apegar. Aquele botãozinho do ‘não se envolva’ desligou na minha cabeça logo no começo, e até as aventurinhas com o Caipira e com o Maduro eu dispensei, só pra poder ficar mais com o Bruto. E aí eu fiquei chata. Um pé no saco MESMO. E o Bruto, bruto que é, começou a cansar, a ficar de saco cheio de tanta chatice e frescura por nada. Pois é, me apeguei demais e ele não. Aí ele não quis mais, simples assim. E eu até chorei…tá, não choreeeei, chorei…mas escorreram umas lagrimas de rejeição e eu liguei pra todos os brothers e disse ‘pô, mas eu não acerto uma, hein? Quando eu acho que vai, volta…’. E agora? Agora passou. Mas eu continuava sentindo falta da pessoa ‘Bruto’, porque ele é um cara ótimo e a gente voltou a se aproximar, e agora a gente é amigo. Pois é, existe amizade entre ex e ex, pasmem. E a gente é muito melhor assim.

Caipira

Caipira

Em uma quinta a noite de sertanejo eis que eu conheço o Caipira. Bonitinho, engraçadinho, xavequeirinho, com aquele sotaque de interior que eu acho um charme. Eu beijei, beijei de novo, fui fumar um cigarro e na volta ele tinha sumido. Ok. Normal. Balada. Encontrei outros amigos, conheci o Lipo, beijei o Lipo também. Ok. Normal. Balada. Mas o Lipo era SIMPLESMENTE INSUPORTÁVEL. Daqueles malas que se acham a última coca do deserto porque tem dinheiro, charme (isso é relativo) e fizeram uma lipo, portanto são magros. Não via a hora do tal Lipo ir embora e desejei isso tão forte que, quando ele foi no banheiro, o Caipira apareceu de novo e eu dei uma banana pro Lipo. E a beleza, a graça e os xavecos dele foram ficando melhores (diretamente proporcional ao meu nível alcoólico). E tava tudo tão bom que eu quis levar ele pra casa, só tinha um pequeno detalhe: eu não ia dormir em casa, ia dormir na casa da Melhor Amiga.

Melhor Amiga – Vambora?

Eu – Ainda não, só mais um pouquinho, eu tô aqui no maior papo (entenda-se pegação) com o Caipira…

Melhor Amiga – Mas a gente tem que ir embora, amanhã ainda é sexta…

Eu – Só mais um pouquinho, vai?

Melhor Amiga – Vai te fazer feliz se ele for embora pra casa com a gente?

Eu – Muito!

Melhor Amiga – Então vamo! Vamo Caipira, a gente vai lá pra casa tocar violão e bater papo…

Isso é que é amiga, né? O Deus Nipônico (namorado da Melhor Amiga e também meu amigo), não gostou muito não.

Deus Nipônico – Como assim você vai levar pra casa da Melhor Amiga um cara que você nem conhece?

Nem liguei. O Caipira tava ficando cada vez mais interessante. Já na casa dela, papo vai, violão vem e a frase pela qual eu esperei a noite inteira: “Vamo dormir que amanhã ainda é sexta?”. Vamos, Caipira, CLARO. Nem preciso dizer o que aconteceu, né? De manhã, olhei bem pro Caipira enquanto ele dormia e continuei achando ele uma belezinha. Estranho, eu já tava sóbria. Ele foi embora, me deu um beijo de tchau e eu achei que nunca mais ia ouvir falar nele. Eis que quando é três da tarde, ele me liga. ME LIGA. O cara que menos precisava ter ligado no mundo, porque já tinha conseguido tudo e mais um pouco na primeira noite. E eu fiquei feliz, e fiquei querendo encontrar com ele de novo, o que aconteceu uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete vezes. Até caxumba pro pobrezinho eu passei.

Caipira – Olha (imaginem mentalmente o sotaque do interiorrr de São Paulo, ‘fii’), eu não quero namorar, detesto namorar, tenho medo da palavra namoro, mas se eu tivesse que namorar alguém, ia ser você. Você é sucesso!

Ahhhnnn, xaveco bom daqueles que esquentam o coração. Ele era mesmo uma belezinha. E aí eu fui conhecer a coleção de carrinhos dele, na casa dele, no quarto dele (bom eufemismo, não?), e a gente ficou meses e meses sem se ver, sem se falar, sem se procurar, até que perto da Copa ele mandou vários SMS querendo me ver de novo. Eu soltinha na vida topei. Ele era bom naquilo, era uma belezinha e xavecava direito. E o encontro foi melhor do que eu imaginava, com altos papos sobre a vida com intervalos pra cerveja e pra mais xavecos.

Caipira – Sabe, tem uma hora que a gente cansa dessa vida besta de balada, pegação e tal, né? Tô chegando nessa fase. Vou me formar, trabalho, tenho quase 25 anos, já era hora de sossegar, né?

E aí o perigo: aquele botãozinho de ‘não se envolva’ desligou automaticamente em mim. Se ele queria se envolver, por que não comigo? Ele já tinha dito que eu era a menina mais namorável que ele conhecia (claro que ele dizia isso pra todas, mas né? Mulher é um bicho besta, mesmo!), e eu tava carente, carentona, querendo um corpo quente no domingo à noite. Papo vai, papo vem, beijos vão, beijos vêm, chegam Deus Nipônico e Melhor Amiga, aquele clima de casal…já tava me sentindo casada e com três filhos.

Caipira – Tá tarde, preciso ir embora porque eu tenho uma apresentação amanhã, mas ó, hoje foi demais. Você é demais, sério. Adoro sair com você, é sempre tão bom…quero te ver sem falta semana que vem, com menos pressa.

Lindo, né? Pergunta se depois daquilo ele ligou de novo? Pois é. Não ligou. Tudo bem, o botão ‘não se envolva’ só desligou naquela noite, e foi bom pro ego, pra auto-estima, até um pouco bom pro coração. Mas eu penso no por que do Caipira (e tantos outros) dizer coisas bonitas se ele não quer realmente dizer…depois todo mundo acha que os homens são mais fáceis de entender do que as mulheres…mas tudo bem, tudo bem, a gente supera e, quando ele quiser que eu veja a coleção de carrinhos dele de novo, talvez eu tope. É assim que funcionam os relacionamentos contemporâneos, não sei se feliz ou infelizmente.

Rockstar

Rockstar

No Mc depois de uma balada eu conheci o Rockstar. Tava na fila comprando meu nº 3 com Co

ca e ele tava do meu lado, meio bêbado e perguntou se podia assinar o papelzinho do meu cartão de crédito por mim. Eu deixei, achei bonitinho, foi um jeito de ele descobrir meu nome. Ele pegou a 2ª via e escreveu atrás o nome e o MSN dele. Só por aí já dá pra perceber que é baby, né? MSN é tããão 19 anos. Mas eu gostei, achei engraçado. Adicionei o dito cujo no MSN, e a gente começou a bater papo. 19 anos, fazendo engenharia, trabalhando com a mãe. A mãe, inclusive, ia viajar no final de semana e ele ia fazer uma festinha em casa, me convidou, eu recusei. No dia da festinha ele me ligou de madrugada, meio bêbado de novo me chamando pra ir lá…eu não fui, mas continuei achando ele interessante apesar das molecagens. Guitarrista de uma banda (por isso o Rockstar, e eu realmente chamava ele assim), descolado, engraçado, bonitinho.

Rockstar – Eu vou em tal lugar, Jornalista, vamo?

Eu – Pô, Rockstar, eu nem te conheço direito, não vou sair com os seus amigos, né? Meio chato. Me chama pra sair sozinha com você, que eu topo.

E passaram umas semanas até uma ligação quando eu saía do trabalho: “tenho ensaio até umas 22h30, se eu for até o Fimdimundo, você toma uma cerveja comigo?”. Tomo, claro. Ele chegou no FDM quase meia-noite, a gente tomou uma cerveja, duas, três, conversamos até de madrugada, até rolarem uns beijos e eu concluir que a idade estava só no RG e nas babaquices, porque ele mandava bem. Mas foi isso por um bom tempo, e eu tinha até esquecido do Rockstar, quando os brothers disseram que iam passar um final de semana com umas meninas, fazendo altas sacanagens. Eu, que não queria ficar em casa morgando, fiquei querendo algum programa muito legal pro final de semana.

Rockstar – Jornalista, vou pra praia com alguns amigos, quer ir com a gente?

Eu – Pô, Rockstar, eu nem te conheço direito, mas vamo sair com os seus amigos, então…vamo pra essa praia aí pra ver se lá tem água salgada e areia.

Rockstar – Passo sábado de manhã pra te buscar!

E a praia chegou, e o dia passou com os amigos dele falando besteira, jogando sueca e tocando violão. Até que todo mundo foi tomar banho/comer/jogar baralho e a gente ficou sozinho. Eu ainda tava pensando um pouco em um outra paixonite, mas eu já tava lá, ele era uma belezinha e aí eu me enrosquei. E a parte da ‘enroscação’ nem foi tão boa, mas a gente começou a conversar e a dividir particularidades da nossa vida. E aí ficou melhor. No dia seguinte ficamos mais pra amigos do que pra casal…eram risadas, papos bestas com todo mundo e uns poucos beijos trocados quando ninguém tava olhando. Ele me deixou em casa e me deu o beijo de tchau que valeu pelo final de semana inteiro. Daquele de arrepiar os cabelos da nuca, que não dá vontade de parar nunca. E é isso que eu mais lembro do Rockstar.

A gente se viu de novo, ficou mais uma vez, ele foi babaca comigo umas duas vezes, até que a gente ficou amigo. Ele me contou outro dia que tá namorando, felizão, e disse pra gente tomar uma cerveja na Faculdade que ele estuda e eu tanto frequento. Eu vou, gosto dele, ele é moleque, engraçado, legal. Mas aquele beijo…top 5 da minha vida.

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